sexta-feira, 30 de novembro de 2012

FAXINA DE FIM DE ANO



(LEIAM, COMO SE ESTIVESSEM LENDO A ANATOMIA DE UM CORAÇÃO)

FAXINA DE FIM DE ANO.

SENTIMENTO DE SOLIDÃO?
SIM, SOMOS TODOS SÓS. É PARTE DE NOSSA CONDIÇÃO HUMANA.
ACHO QUE NÃO SENTE ISSO SÓ QUEM NÃO ALCANÇA A CAPACIDADE ABENÇOADA DA INTROSPECÇÃO.EM ÉPOCAS QUE É NATURAL HAVER CONFRATERNIZAÇÕES, COMPARTILHAMENTOS, ISSO BROTA FORTE.QUANDO É HORA DE GRANDES GUINADAS, SÉRIAS TOMADAS DE DECISÃO E NOVOS POSICIONAMENTOS, MAIS SÓS FICAMOS.É A NOSSA VIDA, QUE SÓ A NÓS PERTENCE.
PARTE DE NOSSAS  DEBILIDADES. TEMOS SIM, TRISTEZAS, MELANCOLIAS, ANGUSTIAS DOÍDAS.
SENSAÇÕES DE NÃO PERTENCIMENTO, DE SER “AVULSO”... DE NÃO NOS ENCAIXARMOS EM ALGO QUE NOS PARECE UM TODO. SENTIMENTOS DE REJEIÇÃO. ESTRANHAMENTO. SIM.
MAS APRENDÍ A DURAS PENAS QUE ISSO DEVE SER ACOLHIDO E BEM CUIDADO. ATENCIOSAMENTE OBSERVADO E TRATADO.ACHO QUE NUNCA VOU FINALIZAR ESTE APRENDIZADO.
VALORIZO-ME MAIS, A CADA VEZ QUE PERCEBO QUE FUI CAPAZ DE SUPERAR MAIS UMA ESCAVAÇÃO, DESCOBRINDO EM MIM IMENSOS TALENTOS E DONS PELOS QUAIS APRENDO A SER SEMPRE MAIS E MAIS GRATA, PROFUNDAMENTE RECONHECIDA. REVERÊNCIA AO CRIADOR QUE ASSIM ME CONSTRUIU. E ME AJUDA NOS ACABAMENTOS E RETOQUES.
SEGUNDO SARAMAGO, DEVO FAZER PARTE DA “TRIBO DA SENSIBILIDADE”.
PROVAVELMENTE.
COM CARINHO,
ELIANA MIRANZI
UBERABA/30/NOV./2012


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

CAMINHOS DO MUNDO


FRASE DO LIVRO:"A JANGADA DE PEDRA"
"Ainda que que meu destino me conduza a uma estrela,
 nem porisso estou dispensado de percorrer os caminhos do mundo." –
 José Saramago.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

OUTROS PENSAMENTOS


OTTO RANK –CARL ROGERS – ROLLO MAY-FRITZ PERLS……

"A correta didática da análise é aquela que não difere em nada do tratamento curador. Como, realmente, poderá o futuro analista aprender a técnica se ele não a experimenta exatamente como deve aplicá-la depois?"


- Extraído de uma carta a Jessie Taft, citada em "Denial of Death (A Negação da Morte)", de Ernest Becker

Projeção e Identificação

"Quanto mais rica - ela é, mais variada e completa - a vida emocional de um indivíduo, menos ele tende à projeção, e mais inclinado ele será à identificação. Sua válvula de escape e satisfação vem da identificação de si mesmo com as emoções do outro. Por outro lado, quanto mais estreita e restrita é a vida de um indivíduo, mais intensas serão as suas poucas emoções, menos inclinado a, e menos capaz de, identificar-se - a falta do que ele tem de compensar através da projeção. Projeção, assim prova-se ser um mecanismo de compensação que ajusta uma ausência/falta interna. Identificação, por outro lado, é uma expressão de abundância, do desejo por união, por alianças, por compartilhamento."

 


 
Na Sociedade Psicanalítica de Viena

 

(...) Em 1924 Rank publicou "O Trauma do Nascimento", explorando como a arte, mito, religião, filosofia e terapia foram iluminadas pela "ansiedade de separação" na "fase antes do desenvolvimento do Complexo de Édipo" (p.216 - do original). Mas não existia tal fase nas teorias de Freud. O Complexo de Édipo, explicado por Freud exautivamente, era o núcleo da neurose e a fonte original de toda arte, mito, religião, filosofia, terapia - de toda cultura humana e civilização. Foi a primeira vez que alguém do círculo interno se atrevera a sugerir que o Complexo de Édipo pudesse não ser o supremo fator causal na psicanálise. Também foi a primeira vez que alguém no círculo interno se atrevera a sugerir que haveria um complexo "pré-Edipiano" - um termo que não existira até aquele ponto. Rank foi o primeiro a usar o termo "pré-Edipiano" em um fórum público psicanalítico em 1925 (Rank, 1996, p.43 - do original). Na nova edição do Dicionário Oxford Inglês, Rank será creditado como criador desse termo, que se pensava ter sido introduzido por Freud em 1932.


 

 
Influência

 

Rollo May, um pioneiro da psicoterapia existencial nos Estados Unidos, foi profundamente influenciado pelas leituras e escritas pós-freudianas de Rank, e sempre considerou Rank o mais importante precursor da terapia existencial. Logo após sua morte, Rollo May escreveu o pósfácio a coleção editada por Robert Kramer dos escritos americanos de Rank. "Sempre achei Otto Rank o grande gênio irreconhecido no círculo de Freud," disse May (Rank, 1996, p.xi - do original).

 

Rollo May: 1903-1995


Em 1936
Carl Rogers, o psicólogo mais influente nos EUA depois de William James, convidou Otto Rank a fazer uma série de leituras em Nova Yorque sobre os modelos pós-freudianos de terapia experiencial e relacional rankianos. Rogers se transformou com essas leituras e sempre creditou Rank por haver moldado profundamente a terapia "centrada no cliente" e toda a profissão de counselling. "Eu me contaminei com as idéias de Rank," disse Rogers (Rank, 1996, p.263 - do original)

Carl Rogers: 1902-1987

 


O escritor Paul Goodman, que foi co-fundador com Fritz Perls do método da Gestalt de psicoterapia, um dos mais populares no mundo atualmente, e um que usa o modelo aqui-e-agora de Rank no seu trabalho, descreveu as idéias pós-freudianas de Rank sobre arte e criatividade como "acima dos elogios (beyond praise)" em Gestalt Terapia. (Perls, Goodman and Hefferline, 1951, p.395 do original).

Paul Goodman: 1911-1972

 

Fritz Perls: 1893- 1970

 

sábado, 17 de novembro de 2012

GUARDAR NA ALMA

POSTO AQUI ESTE POEMA POR INDICAÇÃO DE HELO BELO , AMIGA DE SONHOS.
                            
 Guardar

                        Antonio Cícero


                   Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.

                           Em cofre não se guarda coisa alguma.

                              Em cofre perde-se a coisa à vista.

                      Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por

                   admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.

                    Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por

                  ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,

                                  isto é, estar por ela ou ser por ela.

                   Por isso, melhor se guarda o vôo de um  pássaro

                                  Do que de um pássaro sem vôos.

                Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,

                         por isso se declara e declama um poema:

                                            Para guardá-lo:

                      Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:

                           Guarde o que quer que guarda um poema:

                                        Por isso o lance do poema:

                               Por guardar-se o que se quer guardar.

domingo, 11 de novembro de 2012

LYA LUFT EM MOMENTO ILUMINADO



A canção de qualquer mãe
                                                                             Lya Luft
"Filhos, vocês terão sempre me dado muito mais do que esperei
ou mereci ou imaginei ter"

 
Que nossa vida, meus filhos, tecida de encontros e desencontros, como a de todo mundo, tenha por baixo um rio de águas generosas, um entendimento acima das palavras e um afeto além dos gestos – algo que só pode nascer entre nós. Que quando eu me aproxime, meu filho, você não se encolha nem um milímetro com medo de voltar a ser menino, você que já é um homem. Que quando eu a olhe, minha filha, você não se sinta criticada ou avaliada, mas simplesmente adorada, como desde o primeiro instante.

Que, quando se lembrarem de sua infância, não recordem os dias difíceis (vocês nem sabiam), o trabalho cansativo, a saúde não tão boa, o casamento numa pequena ou grande crise, os nervos à flor da pele – aqueles dias em que, até hoje arrependida, dei um tapa que ainda agora dói em mim, ou disse uma palavra injusta. Lembrem-se dos deliciosos momentos em família, das risadas, das histórias na hora de dormir, do bolo que embatumou, mas que vocês, pequenos, comeram dizendo que estava maravilhoso. Que pensando em sua adolescência não recordem minhas distrações, minhas imperfeições e impropriedades, mas as caminhadas pela praia, o sorvete na esquina, a lição de casa na mesa de jantar, a sensação de aconchego, sentados na sala cada um com sua ocupação.

Que quando precisarem de mim, meus filhos, vocês nunca hesitem em chamar: mãe! Seja para prender um botão de camisa, ficar com uma criança, segurar a mão, tentar fazer baixar a febre, socorrer com qualquer tipo de recurso, ou apenas escutar alguma queixa ou preocupação. Não é preciso constrangerem-se de ser filhos querendo mãe, só porque vocês também já estão grisalhos, ou com filhos crescidos, com suas alegrias e dores, como eu tenho e tive as minhas. Que, independendo da hora e do lugar, a gente se sinta bem pensando no outro. Que essa consciência faça expandir-se a vida e o coração, na certeza de que aquela pessoa, seja onde for, vai saber entender; o que não entender vai absorver; e o que não absorver vai enfeitar e tornar bom.

Que quando nos afastarmos isso seja sem dilaceramento, ainda que com passageira tristeza, porque todos devem seguir seu caminho, mesmo que isso signifique alguma distância: e que todo reencontro seja de grandes abraços e boas risadas. Esse é um tipo de amor que independe de presença e tempo. Que quando estivermos juntos vocês encarem com algum bom humor e muita naturalidade se houver raízes grisalhas no meu cabelo, se eu começar a repetir histórias, e se tantas vezes só de olhar para vocês meus olhos se encherem de lágrimas: serão apenas de alegria porque vocês estão aí. Que quando pareço mais cansada vocês não tenham receio de que eu precise de mais ajuda do que vocês podem me dar: provavelmente não precisarei de mais apoio do que do seu carinho, da sua atenção natural e jamais forçada. E, se precisar de mais que isso, não se culpem se por vezes for difícil, ou trabalhoso ou tedioso, se lhes causar susto ou dor: as coisas são assim. Que, se um dia eu começar a me confundir, esse eventual efeito de um longo tempo de vida não os assuste: tentem entrar no meu novo mundo, sem drama nem culpa, mesmo quando se impacientarem. Toda a transformação do nascimento à morte é um dom da natureza, e uma forma de crescimento.
Que em qualquer momento, meus filhos, sendo eu qualquer mãe, de qualquer raça, credo, idade ou instrução, vocês possam perceber em mim, ainda que numa cintilação breve, a inapagável sensação de quando vocês foram colocados pela primeira vez nos meus braços: misto de susto, plenitude e ternura, maior e mais importante do que todas as glórias da arte e da ciência, mais sério do que as tentativas dos filósofos de explicar os enigmas da existência. A sensação que vinha do seu cheiro, da sua pele, de seu rostinho, e da consciência de que ali havia, a partir de mim e desse amor, uma nova pessoa, com seu destino e sua vida, nesta bela e complicada terra. E assim sendo, meus filhos, vocês terão sempre me dado muito mais do que esperei ou mereci ou imaginei ter.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

IMAGINAÇÃO ATIVA




Imaginação Ativa
A Psicologia Analítica, de Carl Gustav Jung, propõe a “imaginação ativa” como uma maneira dialética particular de lidar com o inconsciente. Esta técnica consiste em quatro fases: libertar-se do fluxo de pensamento do ego; deixar que uma imagem de fantasia do inconsciente flua para o campo da percepção interior; conferir uma forma à imagem relatando-a por escrito, pintando-a, esculpindo-a, escrevendo-a como uma música ou dançando-a; confrontar-se moralmente com o material produzido/imaginado (FRANZ, 1999).

Durante a “imaginação ativa” não existe uma meta que obrigatoriamente tenha que ser atingida, nenhum modelo, imagem ou texto a ser usado, nenhuma postura ou controle da respiração são recomendados, o paciente não se deita e nem o terapeuta participa das fantasias.

A pessoa simplesmente começa com o que vem de dentro dela, com uma situação de sonho relativamente inconclusiva ou uma momentânea modificação do estado de espírito. Se surge um obstáculo, a pessoa que medita é livre para considerá-lo ou não como tal; é ela que resolve como deve ou não reagir diante dele (FRANZ, 1999, p. 179).

FRANZ, Marie-Louise von. Psicoterapia. São Paulo : Paulus, 1999

sábado, 3 de novembro de 2012

SENTIMENTO HUMANO/JUNG


                                              Arte de velasquez-"Vênus ao espelho"-
TRECHO DO LIVRO:"PSICOLOGIA E ALQUIMIA"
C.G.JUNG-

"No entanto, o médico que ignora os valores do sentimento humano comete um erro lamentável. Se tentar corrigir a atividade misteriosa e dificilmente compreensível da natureza em nome de uma atividade dita científica, estará substituindo os processos curativos da natureza por sofismas banais. Tomemos a peito a antiga sabedoria alquímica:"Naturalissimum et perfectissimum opus est generare tale quale ipsum est".( A obra mais natural e mais perfeita é gerar o que é semelhante a si mesmo,")